segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Prece da Vida

Saudade do tempo que as pessoas tinham palavra,
Dos filhos que obedeciam os pais,
Do respeito dado aos mais velhos,
Da alegria em ver os jovens amando mais,
Saudade dos balões coloridos que eu guardava
Mesmo que depois eu ficasse triste por eles esvaziarem,
A alegria das cores dos balões cheios rendia tantos risos,
Que a tristeza depois era tão pequena, que não apagava
As risadas da criança que fui por ter os balões coloridos
Guardados como se eles não murchassem jamais.
Assim foi com minhas Poesias,
Comecei escrevendo tanta alegria,
Quando chegou a vez de escrever tristezas,
As vezes eu me negava,
Para mim a Poesia trazia tanta Vida,
Que eu só queria falar do riso,
As lágrimas seriam engolidas,
Secas nas folhas dos cadernos amarelados pelo tempo,
Demorou até que eu concordasse a escrever a verdade,
A ver que a Poesia fazia parte da minha Vida na tristeza também,
Para mim a Poesia era tão Sagrada que só teria que escrever
O que era belo, colorido, o que fizesse sorrir,
O que jamais entristecesse alguém,
Era um lugar tão especial que eu dava a Poesia,
Que como os balões coloridos,
Não queria que murchassem,
Assim como não queria que minha Poesia chorasse,
Coisas de criança que a gente não esquece,
E vira prece na vida da gente.

Teônia Soares

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