sexta-feira, 27 de maio de 2011

Há uma Porta



Há uma porta em meu coração
Onde só Tu podes entrar
Senhor,
Lá estão minhas melhores cores,
Meus melhores versos,
Amores,
Cantos,
É meu mundo sem ilusões,
Lá não tenho vestimentas,
Minha indumentária
É tudo que recebi de Ti,
Minhas ações são mansas,
Sem dúvidas nem cansaço,
Lá sempre estou de braços
Estendidos aguardando
Teu abraço para aconchegar-me
E nunca mais apartar-me
Do Teu laço de amor.

Teônia Soares

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Minha Certeza




(Des)Abafo
Não quero que meu coração seja
Só desabafo,
Quero o fino trato que
Deus me ensinou a ter
E dividir com os que
Mais precisam e confiam
Que ainda existe muita gente boa
Nesse pedaço de mundo
Que ensaboa a gente
Com perfume febril,
Quero meu coração liberto,
Quero sempre fazer o certo
E na certeza de Deus
VIVER!

Teônia Soares

Ser Tinhoso




Eu já percebi que os que dão rasteira
Sempre dão um jeito de
Saber como estão os atingidos,
Querem de certo modo
Ter a certeza do mal cometido,
Esquecem do bem que exala
Do Ser Superior que zela
Pelos que são dEle,
Por alguns momentos
O sofrimento pode até alimentar
O coração desprovido de bondade,
Não que Deus tenha deles esquecido,
Mas ele tem desperdiçado
O bem que Deus a ele tem
Dado, transformando em maldade
O caminho que tem traçado
Todo ser humano que
Perto dele se aproxima,
É um ser tinhoso,
Vestido de anjo de luz
Tentando apagar o que
Deus acendeu desde o ventre
Daquela que o gerou.


Teônia Soares

Guerra Vencida



Por mais que a aridez humana
Tenha tentando tirar os meus
Tantos sonhos,
Carrego dentro do peito
Toda a Poesia que com muito tato,
Com muito jeito,
Não deixei adormecer,
E por mais que tantos me rotulem
De Senhora Sensibilidade,
Tenho peito de aço,
Quebro no braço as palavras vãs,
Tenho traços de guerreira,
Sou da terra da mulher rendeira,
Já nasci armada de Poesia e ternura,
De valentia e brandura,
Na hora certa sei me defender,
Sei calar e sei falar,
Baixar a cabeça e levantar
Na hora que a batalha chama
Que homem nem mulher tem um nome,
Tem somente uma guerra a ser vencida.

Teônia Soares

O Cabo do Machado é feito de Madeira




Valorizo cada ser humano,
É um pedaço de Deus
Enviado para que eu aprenda mais,
Mas é necessário ter olhos atentos,
Pedir a Deus o dom do discernimento,
Há muitas pessoas querendo tirar
O contentamento que Deus nos dá,
É uma guerra travada só pela simples
Maldade de lutar,
Não há troféu,
Só há um fel que escorre em
Forma de mel ardido
Na boca do mal aplaudido
Por ele mesmo,
Assistido pelo coração maldizente
Que traz no colo
O simples “prazer”
De ver sofrer
Um ser igual a ele,
Isso me lembra uma frase que li esses dias:

“ Uma árvore fica muito triste quando vê que
O cabo do machado é feito de madeira. “

Teônia Soares

Flor Distinta



Já abortei tantos sonhos,
Já quase desisti do melhor,
Os momentos de aflição
Gera um desconforto tão grande
Que não enxergamos a um palmo
Do nosso nariz,
Já teve tempos que eu já não sorria,
Tinha esquecido o que era
Um brilho no olhar,
Corri para Deus, meu refúgio,
Foi quando meu sorriso se alastrou
Igual árvore frondosa que
Tão formosa se enche de flores,
Aprendi a ver em cada ser humano uma
Flor distinta, igual tinta que
Colore trazendo ainda o perfume
De confiança que brota
Da lembrança de que
Ainda existe muita gente boa,
Digna, que faz do seu brilho
Um meio de atrair os
Que já perderam a cor.


Teônia Soares

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lei da Sobrevivência

Uma garganta que canta
Umedece as cordas vocais
Alimentando-se do que pede coração,
Uma Poesia que surge
É como Lua cintilante
Em noite onde príncipes
Presenteiam as mulheres amadas
Com belíssimos diamantes,
É soar doce a canção
Em terra que ninguém fala nem escuta
O que o outro tem a dizer,
É doar-se, é receber,
É ter linda voz em terra de mudos,
Escutar com serenidade
Em momentos oportunos,
É desatar o nó na garganta,
Nutrir o coração,
É fazer a diferença,
Fazer-se forte na crença
Que a Poesia é a nossa alma
Na escrita,
Na vida,
Na Lei da sobrevivência.

Teônia Soares

Vestindo-me de Poesia



Uma menina se ajeita entre letras
E faz-se passar por gente grande,
É minha Vida correndo entre
Cantos que não foram ainda entoados,
Poesias que não foram rimadas
Nos tantos labirintos destoados
Descobertos por grandes provações,
A menina chora na recusa da compreensão,
A mulher acha tudo uma grande ilusão,
São duas poesias numa só,
Duas Vidas em mim mesmo,
Sou eu comigo querendo brincar
Com a menina que nunca se foi,
Com a mulher que jamais deixou
A poesia como vestimenta
De um alívio necessário
Quando a Vida pede mais
Do que posso dar.

Teônia Soares

Desencanto

Meus olhos insistem em abrir
E enxergar o que eu já não mais via,
As cores amontoando-se ao
Redor da Perfeição clara e cintilante
Como chamas ardentes de um fogo
Que nunca apaga,
Sou levada as claras, a ter
Os tantos sabores que um dia
Tornaram-se amargos
Levando-me ao íntimo paladar
Da fruta doce que só saboreiam
Os mansos,
Quase que o desencanto anulou
Meu sabor,
E com ouvidos tantos, aprendi
A escutar a suave música dos que
Mesmo sem um instrumento
Sabem tocar, soar o que
Tem no interior com as cordas da
Vivência, lutando pela sobrevivência
Do poeta cantador,
Com todos os meus sentidos aprendi
O abc, a achar as palavras
Certas tocando no alvorecer,
Ensinando-me a andar mesmo com meus pés
Cansados, cheios de calos,
Trêmulos, sem força para sustentar meu corpo,
E meu coração agitado por tamanha dor
Procurando com todo ardor
Algum ombro amigo
Para amparar o amor que sempre
Trouxe comigo mesmo no pranto,
No sorriso, nesse nosso desencanto
Que a distância sempre marcou.

Teônia Soares

domingo, 1 de maio de 2011

Teu Olhar em Mim

Não quero enxergar só
O que vejo aqui,
Fizeste-me com olhos ágeis,
Vejo muito além daqui,
Fixo no que está por vir,
Na Tua linda paisagem
Que estás a pintar para mim,
Aprendi a ter um olhar sereno e confiante,
Doce e cantante,
Igual o Teu, que está em mim.

Teônia Soares

Deus, Rima Eterna

Domigo ensolarado,
Há um aroma de algo
Diferente no ar,
É o sabor da amizade sincera,
Do sorriso colorido
Igual a primavera
Que colore os canto cinzas
Do nosso viver,
É a Vida convidando à Alegria,
Mostrando que vale a pena
Mesmo nessa grande correria,
É Deus como rima Eterna
Que enfeita toda a terra
Que para Ele mesmo quer cantar.

Teônia Soares

Linda Inspiração

Vi duas luas brincando,
Brilhando parecia ouro reluzente,
Era uma no céu estrelado,
Outra cá, nesse lindo rio envolvente,
Parei, fiquei observando as
Maravilhas que Deus faz,
Senti o sereno molhando o gramado
E meus versos suados,
Saindo dos meus poros dilatados
Querendo ganhar vida
Numa folha de papel,
Tal qual é minha alegria
Em correr na minha escrita
Tentar passar o que senti
Em viver o instante
Onde o céu parecia vindo,
Parecia a voz de Deus me pedindo,
“ Escreve minha filha,
Mais uma vez para mim
Os teus versos tão lindos! “

Teônia Soares