quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vestindo-me de Poesia



Uma menina se ajeita entre letras
E faz-se passar por gente grande,
É minha Vida correndo entre
Cantos que não foram ainda entoados,
Poesias que não foram rimadas
Nos tantos labirintos destoados
Descobertos por grandes provações,
A menina chora na recusa da compreensão,
A mulher acha tudo uma grande ilusão,
São duas poesias numa só,
Duas Vidas em mim mesmo,
Sou eu comigo querendo brincar
Com a menina que nunca se foi,
Com a mulher que jamais deixou
A poesia como vestimenta
De um alívio necessário
Quando a Vida pede mais
Do que posso dar.

Teônia Soares

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